30.4.09

vermelho-amor e uma solidão desconcertante
Já não digo o teu nome. Faz tempo que o que tivemos não ganha descrição cuidadosamente pormenorizada, para assim, ser mais fácil perpetuar. Já não tento ter uma desculpa esfarrapada, rota, para explicar a ausência.
Impulsos derrotados, guardados a sete chaves com o medo de ser ainda mais infantil. Caricato de sentir. Limitador por não ser capaz de verbalizar, sem rodeios.

Os dias vão passando. A solidão quase se toca de tão física que é, fazendo desvanecer a recordação do que já foi maravilho em tempos, de possuir. De ter como só meu.

A perna que procura a outra só para entrelaçar. Como se o gesto fosse manter o elo. O elo entre duas almas que se percebiam a cada nova percussão.
O jeito meio tosco pertencente a cada acção, delata o nervoso miudinho. A vontade entranhada de querer ser submissa ao vermelho-amor.

Todos os dias, a mesma rotina viciosa de te procurar sem querer admitir.

Um coração míope por causa-efeito. Um coração que insiste recorrer a um sexto sentido avariado. Sem arranjo. Que já falhou tantas vezes que não traz confiança. Que não deixa acreditar que algum dia venha a acertar. Que talvez o vermelho-amor não seja a sua cor. Que talvez nele não corra sangue porque está vazio. Se é que algum dia conseguiu sentir-se cheio.

As fraquezas diárias tornam-me mais vulnerável. Causam a certeza que mais uma vez tenho de recorrer e responsabilizar o tempo no processo da minha emenda.
O problema é que o tempo escasseia e eu tenho medo, de ceder ao que sei que nada me vai trazer.






Waited for Jimmy down in the alley

28.4.09

Este miúdo dá-me vontade de aprender a assobiar




Your heart is broken
And you don't seem to mind
I guess it happened
A little too many times, too many times

You tried and you've got tired
Those long half-written stories
...


porque é verdade que o meu coração já sofreu umas mossas. porque em maneira defensiva, também eu, sou fachada. porque frustrada com a incompreensão alheia, não deixo que as vejam cair. porque estamos os dois neste triste estrelado. porque neste espectáculo, quem não sente não é filho de boa gente.

just like superstars do


o melhor é assobiar e nossos males espantar

27.4.09

com mais cor do que nunca




Confesso que quando começou a passar nas rádios, talvez por conhecer e venerar a original. A nova versão de A Gaivota da Nossa Amália, estava a custar a entrar no ouvido.
Não habituado à voz da Sónia naquele timbre, insistia de forma linear em não sentir a força, que agora, acha incomensurável.

A ser editado pela La Folie, (editora criada pelos The Gift, e pela Valentim de Carvalho Multimédia), que além da Flor Caveira e Lisboagência, é sem dúvida, das melhores representantes da música Portuguesa. O registo deste trabalho vem provar, segundo Nuno Gonçalves in Blitz que, o Fado é redutor para a voz que brindou o Mundo, e ainda mais redutor para os compositores que imaginaram as melhores canções pop de sempre da história da música portuguesa.
Amália era muito mais que Fado. Amália era a voz. Mas atrás das letras, do tom triste e melancólico, havia melodias, que queriam mais espaço que umas tristes duas guitarras.


Em Amália Hoje, não há guitarras portuguesas, os arranjos assemelham-se à sonoridade dos The Gift, com a presença de orquestrações densas crescendo de intensidade e com apontamentos electrónicos a marcarem a cadência rítmica.

Cantado em português e sem medos.
Esse é o segredo, ter um pé na tradição sem ter problemas de mudar a cor.

26.4.09

Cannes 2009 #1


Infelizmente ainda não me foi possível começar a correria ás salas de cinema para começar a visualizar os filmes que fazem parte da Selecção Oficial. Mas com toda a certeza, tenciono começar a faze-lo, se possível, ainda esta semana.

Ao contrário do que aconteceu o ano passado, em que houve muita parra mas pouca uva, em que a meu ver, só as longas: A Christmas Tale, Waltz with Bashir e The Class, fizeram a regra. (em Cannes, julgo que estamos sempre à espera de mais e melhor). Este ano como que em contradição ao ano passado, temos uma promissora selecção. Realizadores controversos, realizadores a estriar e realizadores cliché, como Tarantino e Almodover. Confesso que é para eles, que a minha atenção está virada, mas também estou espectante em relação ao Lee com o seu Taking Woodstock, tal como a restante selecção Asiática, em especial o Thirst e o Vengeance.


"Pedro Almodóvar regressa com sua musa favorita, Penélope Cruz, em Los Abrazos Rotos.
Um projeto que se insinua com cinema noir, melodrama e comédia durante um enredo que conta a história de dois casais, os seus amores e desamores. São paixões intensas e cruzadas, donde explode ciúme, vingança e abusos terríveis. Uma estória dominada pela fatalidade e a culpa. Um filme sobre amor e, em parte, um filme sobre filmes.

Sua atmosfera se remete aos thrillers americanos dos anos 50. Essas películas cheias de decepções, traições e segredos obscuros, onde surge apenas infelicidade. Em uma das cenas, um dos personagens distribui sobre a mesa várias fotografias. São aleatórias como seu mundo fragmentado e caótico. Imagens do passado. Um lugar sem tempo que não cabe ordenar. O filme de Almodóvar é um reflexo dessa mesa, repleta de imagens desprezadas. Suas cenas se sucedem umas as outras sem que haja relação de casualidade. Fragmentos isolados que falam do profundo sentimento da vida.
O filme fala justamente desses abraços. Espontâneos. Frouxos. Rotos. Há um tempo para cada coisa e um momento para fazê-la sob o céu. Um momento de nascer e um momento de morrer. Um momento de semear e outro de colher o campo cultivado. Um momento de abraçar e outro de separar-se, dizia o Eclesiastes.

Almodóvar fala também de sua paixão pelo cinema e, certamente, seu filme está repleto de numerosas citações. São filmes e diretores queridos: Viaggio in Italia, A Tortura do Medo (Michael Powell), Ascensor para o Cadafalso (Louis Malle), Pérfida (William Wyler)… Los Abrazos Rotos é um tributo ao cinema, não de um cinéfilo, mas de um verdadeiro amante e, portanto, uma mensagem subliminar: Como se Almodóvar nós dissesse que o cinema - Os filmes que amamos - nos alimentam e prolongam nossa vida.
Consequentemente, seu protagonista é um diretor de cinema que insiste em terminar um filme que talvez ninguém veja e sofre a vingança do milionário ofendido que trata de destruir essa fita. A idéia é magnífica, afinal esse é o pior pesadelo de um diretor: Que seu filme seja a montagem das piores escolhas. É uma vingança terrível e tão comum para Almodóvar que sempre enfocou a arte como salvação em sua filmografia."
in spoiler

Homens de carne viva




Em modo de recordação, hoje respirou-se história, orgulho, cultura revolucionária. Hoje a sapiência foi popular. A História é contada, por muitos, na primeira pessoa.

Nunca a literatura em Portugal, esteve tão bem representada, nunca teve tanto peso, tanta força no seu conteúdo.
Mas foi a música que teve um papel capital. Houve quem através dela, conseguisse encontrar a senha indicadora.
Músicas de intervenção com letras intemporais de palavras em riste, prontas a lutarem em nome de fortes convicções ideológicas e politicas.

Tempo em que fumar era cool. Em que os cafés eram locais subversivos frequentados por dissidentes, tempo em que nunca os cafés souberam tanto. Em que fazer a Unidade era o movimento de ordem. Em que os verdadeiros intelectuais do nosso País eram oprimidos pelos que queriam limitar o povo, pobres mendigos da cultura. Homens de carne viva que nos ofereceram a liberdade como legado. Uns abandonados pela Pátria, caluniados, catalogados, excluídos, presos e exilados.

Em lembrança aos meus tempos de gaiata, em que ainda estávamos no rescaldo da Revolução dos Cravos, em que a música do Zeca Afonso insistia em não nos deixar nos intervalos no liceu, em que era algo visceral, de dentro para fora. Em que as palavras do Luiz Pacheco, finalmente, podiam ser lidas como uma forma de Arte, e não, como demências ou obscenidades. Em que o Jorge de Sena já tinha desistido do seu espaço mas nunca da Alma Lusitana. Em que não dão tempo ao David Mourão Ferreira para por em prática o que poderia ter sido. E o Lobo Antunes começa a fazer mossa.
E muitos outros, que de momento não me fazem memoria, mas que não deixam de ser os nossos herois.
o que para mim, poderia ser oficializado como Hino Português



Não refiro a óbvia e catalisadora importância dos nossos Militares, impulsionada por uma humilde pretensão em reflectir aqui, algumas das minhas paixões. A Literatura e a Música.

21.4.09

não só pelo Holocausto que foi hoje recordado, mas pelo Siri-lanka, Iraque, Afeganistão, Colombia, Costa do Marfim, Israel, Tchechenia, Darfur, Tibete, Guiné-Bissau... e tantos outros por tantas razões.




pelo direito que me assiste de expressar no que acredito


poderia aqui ter postado a entrevista do socrates hoje para a RTP1 sobre o caso Freeport, mas seria para lá de chocante. não sou capaz.

19.4.09


e como hoje tudo tem de ser em câmara lenta. fecho os olhos e delicio-me com cada acorde sentido, neste meu corpo dormente.

14.4.09

Não tenho escrito porque não tenho nada para dizer. Porque não me apetece.

Ora então, falar de trabalho é algo que me causa uma úlcera nervosa. Como que me sinto agastada com tanta preocupação com um futuro que não me parece repleto de realizações.
Já tive mais a ilusão infantil de que poderia fazer a diferença. Nos dias que correm já perdi essa pró actividade.
De manha leio o Expresso, hoje fiquei a saber que a peça para arranjar os semáforos de Lisboa vinha de Paris e chegava por volta das 14h30m, deveras importante. Tento descobrir uma forma de aceder ao MSN e à tarde respondo a e-mails. Sem duvida alguma, chego ao final do dia com uma sensação profunda de ter sido profícua.

Se em tempos, já foi habitual o ajuntamento diário em horário pós-laboral com amigos na esplanada mais próxima de forma a beber uma cervejinha antes de ir para casa… Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, os horários, os estados no BI e volvidos anos, os interesses. E então, a esplanada antes cheia de gente a rir, hoje, contenta-se com o Sr. Zezinho, um travesti na reforma que se tornou a figura principal das conversas das beatas da zona.
Os amigos próximos, que próximos são dependendo do dia, estão cada vez mais longe. Não só fisicamente como quimicamente, deixando comentários resignados em perfis sociais, só para parecer bem.

Tendo perdido o meu Muso inspirador e tão depressa não procurando substituto, falar de amor parece-me mais uma tarefa tipo lembrete do que propriamente um sentimento que eu saiba bem o que é. No fundo já ouvi falar e acho que já tive um uma vez, mas perdi-o e nuuunca mais o voltei a encontrar. Se houve altura em que tentei encontrar outro, agora tenho a certeza que devem estar esgotados. Possivelmente vou ter de esperar pelos saldos da época de Verão, certamente nessa altura alguma coisa se há-de arranjar.

Mas a verdade é que esta semana está a salvo com o concerto das Those Dancing Days na quinta-feira e Kusturica no sábado.
Talvez me queixe sem razão, o melhor é beber e saltar até esquecer problemas de trabalho, amigos parvos e amores inexistentes.


13.4.09

musica deliciosa e fascinante*


He wants to die in a lake in Geneva, the mountains can cover the shape of his nose.
He wants to die where nobody can see him but the beauty of his death
will carry on so I dont believe him.
He greets me with kisses when good days deceive him and sometimes with scorn and sometimes I believe him.
And sometimes I'm convinced my friends think I am crazy, get scared and call him but he's usually hazy.
By one in the morning day is not ended, by two he is scared and sleep is no friend, and by four he will drink but cannot feel it, sleep will not come because sleep does not will it and I dont believe him.
Morning is mocking me.
I'll wander the streets avoiding them eats until the ring on my finger slips to the ground.
A gift to the gutter, a gift to the city the veins of which have broken me down.
And I dont believe him, morning is mocking me.
Oh the gods that he believes never fail to amaze me.
He believes in the love of his god of all things, but I find him wrapped up in all *manner* of sins.
The drugs that deceive him and the girls that believe him.
I can't control you I dont know you well, these are the reasons I think that you're ill.
I can't control you I dont know you well, these are the reasons I think that you're ill.
And since lots have we parted and loss that I saw him and down by a river silent and morning was mocking us. Blood hit the sky.
I was just happy, my manic and I
He couldn't see me the sun was in his eyes and birds were singing to calm us down. And birds were singing to calm us down.
And I'm sorry young man, I cannot be your friend. I don't believe in a fairytale end. I dont keep my head up all of the time.
**I find it dull when my heart meets my mind**
And I hardly know you I think I can tell, these are the reasons I think that we're ill.
And I hardly know you I think I can tell, these are the reasons I think that I'm ill.
And the gods that he believes never fail to disappoint me.
And the gods that he believes never fail to disappoint me.
My happy man my manic and I have no plans to move on.
The birds are singing to calm us down
And birds are singing to calm us down.

10.4.09

The Caterpillar




Eu sabia que tinhas transportado a tua vida para outro lado, que tinhas pausado Portugal e corrido para Itália esperando encontrar, o que cá não tinhas achado. Mas hoje em dia, o mundo tecnológico engana o mundo físico e por isso acreditei que os km’s não acabariam com o costume. Depois da rejeição por mim acatada, a minha paz interior consolava-se com esse engano.

Os serões agora mais vazios sem ninguém que me desafie a querer saber o que está por detrás, a querer dar importância ao que ninguém usa.
Sem ninguém que me faça reconhecer que ser diferente é bom, e não, que é algo de se sentir constrangimento. Que se é diferente por ser, não pelo estúpido prazer de viver em contradição com todos. Sem ninguém que me diga, que o meu falado mau feito, são coisas do povinho.

Mais uma vez te digo. Isto é ridículo.
Por favor não me desapareças, por favor não me excluas.
Perdi-te por duas vezes e foi quase insuportável, por favor não queiras voltar a por a minha capacidade em teste, não me faças acreditar, que não te posso considerar meu caro.

Porém termino, com a sensação de que ridícula sou, por sentir algo que para o outro deve ser demais.
Para ti, sou só mais uma pessoa que em alguma altura, por alguma razão, se cruzou por algum tempo na tua vida. Só isso.

8.4.09

Por motivos que me ultrapassam ou que em nada me pertencem, estou a perder todas as minhas pessoas.



o grito que se solta
espaço a espaço

que se afunda mole
e aderente

que se adivinha
curvo e apertado

que é atmosfera
inconsciente

o grito que se insinua
pela tarde

se insinua mudo
incoerente

no vértice do mar
no espelho em face

na face que recorda
e se persente

o grito que se sabe antigo
imenso

que ao sol se alastra
levemente

e levemente oscila
e se contorna
assim e devagar
serenamente

serenamente finge
e ignora

serenamente nu

serenamente

o grito que em tristeza
cai lá fora
no espaço que da chuva se
desprende

Maria Teresa Horta in Antologia Poética

7.4.09

Abstraccionismo romântico

Se há filmes aos quais se pode apontar o dedo e dizer sem preconceitos que se trata de Arte (assim, com um A bem nutrido!), Dolls pode certamente ser um dos acusados. Pelo menos é um tipo de Arte mais fascinante do que aquele que resulta de modos de filmar e de contar histórias que recorrem a estruturas narrativas anti-comerciais, que o são mais pelo desprezo desse rótulo e do mercado, do que propriamente por existir uma história que pede para ser contada. Este, é um filme que funciona a um nível mais emocional do que intelectual (não há puzzles ou nós para desatar), requerendo apenas que nos recostemos e o vejamos de olhos bem abertos. Os momentos introdutórios deixam-nos a pairar, mas a partir do momento em que se fecha o ciclo da primeira história (que não acaba, apenas se clarifica), ficamos completamente presos ao evoluir desta e mais duas histórias.

amor em bruto

coisas que gosto de ver e rever . coisas para me lembrar de acreditar

6.4.09

vidinha agri-doce

Com mais do que merecida referencia: Pala Maria, a festa de sábado, foi super, hiper-fantástica.
Dancei e bebi. Bebi e dancei e voltei a beber para voltar a dançar, isto, já um pouco descompassada. Não. Esperem. Falta veracidade nesta descrição, a falta de ritmo nunca me atraiçoou. Mas a bela da cervejinha na mão também não!

São noites assim. Tal e qual assim, que me ficam gravadas na alma. Mas que quando for velhinha, vou ter de esconder dos netinhos, em nome da preservação do bom exemplo.

No Domingo ao acordar, o caminho da cama para o sofá foi obrigatório, mas compensatório. Juntamente com o croissant misto e o sumo de laranja e manga, que consegui ir comprar heroicamente ás 19h para tomar como pequeno-almoço.
Era o corpo que exigia, para assim restabelecer forças e voltar para a cama e dormir outra vez.

Monga, gosto.te!


E mudando radicalmente o tom.

A preocupação, como que em má coincidência com o Tsunami, (nessa altura, tinha a Nani na Indonésia), o aperto no coração com um frio no estômago, apoderaram-se de mim ao ouvir na rádio, que a terra tinha tremido em Itália. Confesso envergonhadamente, que foi com a ajuda do Google Map que acalmei ao ver que L‘Aquilla, não fica de todo, perto de Parma. No entanto, a vontade de ter noticias era incontrolável.
Óbvio, que houve um impulso irracional de aceder ao e-mail para estabelecer uma curta mas reconfortante comunicação.

Contudo, não houve resposta ao meu e-mail. Houve sim, paciência, tempo e péssima orientação em estabelecer prioridades, para se expressar através dum obsoleto comentário n’o que andas a fazer. Pois então, passo a citar: Abril!!! ( com o Zequinha em modo de ilustração, é de facil compreensão a antecipada referencia).
Abril!!!??? Mas ele escreveu mesmo, Abril?! Somente, Abril?!

Pois sim, eu sei que o acesso à Internet é condicionado. Que estás ai para trabalhar e não para desperdiçares tempo no computado mas, ter-te-iam caído os parentes na lama por responderes ao meu e-mail?

As pessoas desiludem-me. Ou será que sou eu que as obrigo a desiludirem-me ao esperar demasiado delas?
Mas será, que passada uma catástrofe natural a 500 km’s a única coisa que tens a declarar é uma informação despropositada.

Esse teu british humor é de cortar à faca, bem miudinho para quando for a estrugir, deixar queimar e obrigatoriamente ter de deitar fora.

2.4.09

para venerar

Palavras armazenadas durante duas décadas para mais uma vez o Cohen maravilhar…


Livro do Desejo a lembrar músicas marcantes que já mais poderão ser esquecidas e com poemas nunca antes cantados.

Com a sua mais que conhecida voz profunda e penetrante. E as suas palavras de sentido tão forte que nos fazem tremer de emoção. Palavras essas, que nos fazem sentir a pele arrepiar com um romantismo sem igual.
Compositor, músico, poeta, cantor e novelista. Deixa-nos em desassossego quando põe o dedo na ferida e decide escarafunchar assuntos tabus.
Foi uma das maiores influencias que tive na minha puberdade. Um dos meus artistas de culto.

A ti grande senhor da música, te deixo os meus rasgados elogios e um grande bem haja por me teres auxiliado tantas vezes. Quando por momentos, acreditava que o meu fado seria ditado com a morte precoce da crença no amor, eis que me surges a sussurrar ao ouvido i’m your man…




amor puro e duro.
que não mata mas moi.