29.7.09

\\\my cold heart in your hands



27.7.09

kitsch

juro que se fosses meu, não te trocava pela porra da
Coca-Cola Light!

26.7.09

everything with you





porque eu também amo você

porque andamos de mãos dadas

porque és o lado B do meu vinil riscado


welcome my sweet A.*

girl let's make out?

testing

EU AMO VOCÊ... serve?!

25.7.09



T
O
R
N
A
S
S
E


U
R
G
E
N
T
E


I
R


D
A
N
Ç
A
R

23.7.09

:papercutz

porque o que é feito em português

tem sempre um quê de especial ...


Cabaret Maxime dia 10 de outubro ás 22h

22.7.09

Kiss me, oh kiss me

há quem diga que é possivel. há quem diga que tudo o que precisamos é de amor. há quem tenha plantas de plástico em casa. há quem considere os rituais e a rotina uma boa vitamina, nem mais nem menos. há quem ache que o pollock era genial e há quem prefira latas de tomate estilizadas. há quem tenha morrido por causa dos anos sessenta e há quem dava tudo para ter vivido um dia nos anos sessenta. há quem diga que o amor é um souvenir e há quem diga que são os cinco segundos finais de uma música do cohen. há quem diga que o lábio do joaquin phoenix é sexy e há quem diga se deus o marcou algum defeito lhe encontrou. há quem goste de estar de olhos fechados e ver azul e há quem goste de os manter abertos sem pestanejar com medo de vir o escuro. há quem acredite em profetas e há quem se considere um sonhador. há quem diga que mais vale atravessar a rua sem olhar e torcer o pé no alcatrão e há quem espere pelo conforto seguro do sinal verde para dar o passo. há quem diga que a palavra é prata e que o silêncio é ouro e há quem diga que quem cala consente. há quem diga que o pinóquio agora é um rapaz que quer voltar a ser um boneco. há quem não goste do moralismo da disney e há quem não concorde com o facto de todas as personagens virem de famílias disfuncionais. há quem diga que nem todas as noites são de sonhos, só as de verão e há quem diga que à noite somos todos bonitos e fodíveis. há quem diga que os miradouros prendem o tornozelo esquerdo de quem lá abre o coração. há quem diga que os manjericos morrem se os cheirarmos e há quem dê o cheiro do amor na mão a outro na esperança de que ele não esqueça. há quem diga que o david fonseca não devia cantar em inglês e há quem diga que ele faz as pessoas encontrarem-se numa cidade de desencontros. há quem diga que é fácil cair de joelhos para que reparem em nós e há quem diga é impossível meter o rossio na rua da betesga. há quem diga que o amor verdadeiro espera em sótãos assombrados. há quem diga que ainda há trovadores e há quem continue à espera que ele apanhe o lenço bordado e faça a pergunta. há quem diga que o thom yorke conduz um fiat punto e há quem diga que o morrissey é um mentiroso e que não é nada celibatário. há quem diga que a lei de talião ainda é válida para resolver assuntos do coração e há quem não os resolva de todo. há quem diga que o elvis não morreu e está vivo no Magoito e há quem diga que até ao final do mês ainda vou ser beijada.

Kiss me, oh kiss me,

If that can make it right.

Try me, find me,

Just throw them on me…

Those failed expectations...

Floods and afflictions you’re through.

Cause I just might, take you home with me.

18.7.09

a mente divaga,
dispersa
em pura agitação,
já não consegue voltar atrás.
ao tempo
em que tudo era sem fim pensado.

a ansiedade calculada,
a espera pela certeza,
a vontade intrínseca de querer apostar tudo.
abrir o peito e deixar entrar.
desta,
sem acanhamento
sem ditos opostos.

sinto-te,
mesmo de longe.
a expectativa,
que aumenta a cada dia,
a vontade,
que se quer conceder,
a esperança que não se quer deter.

15.7.09

a ambiência romântica da música

o dramatismo

o fado



in@merzbau

Help, i'm alive!


É incrível, como mesmo quando tanto se quer, tudo se faz para não se ter. Um turbilhão interior sobrepõe-se à vontade de ser feliz, mesmo que seja acidental, doce e revitalizante.

Interrogações, algumas, de foro ético, são disparadas para todos os lados como morteiros de forma a exterminar qualquer boa vontade.
Encontrar-se um lado que não se contenta, se não, com o extraordinário. E como o extraordinário anda de mãos dadas com a perfeição, tornar-se óbvio, que tal, nunca vai ser alcançado, e, com isso, o resto, é efeito dominó.

O que se deixou para trás na esperança de mais e melhor, deixou de fazer sentido e passou a ser só mais um capricho como tantos outros da altura.
Põem-se em causa argumentos usados para validar vontades antigas, agora, estúpidas, infantis.

Com o passar dos anos e a destruição diária de todas as convicções, tudo se torna ainda mais ridículo.

A espontaneidade, que se desaproveita, por se insistir em pensar no que já nem devia ter lugar, porque O que bombeia e faz palpitar, está mal colado e é frágil ao toque, porque se perde, porque se desmancha com o pouco que lhe é dado. Aquele, que já mal se lembra de como é - e como todo o pobre, desconfia da esmola, seja ela pouca ou muita – que se esforça em não esquecer que o vermelho é a sua cor e que o amor é Tamanho Único, estica e encolhe, mas serve a toda a gente.

Espero pelo momento certo. Mesmo que não seja espontâneo, mesmo que seja pormenorizadamente pensado por culpa do medo que não me “deslarga” e fica agarrado a toda a vontade de esquecer o que não tem de ser lembrado.




Help, I'm alive
My heart keeps beating like a hammer
Hard to be soft
Tough to be tender
Come take my pulse, the pace is on a runaway train

Help, I'm alive
My heart keeps beating like a hammer
Beating like a hammer

13.7.09

sem direito a banda sonora

ou a palavras meticulosamente escolhidas,

declaro:


sem qualquer aviso e de forma inesperada,

sabe bem a atenção.

10.7.09

Declaração de Gaia - Condomínio da Terra



Toda uma consciencialização e re-educação imprescindível e urgente a cada cidadão do Mundo, encontra-se neste projecto bem estruturado, que visa várias preocupações ambientais, a atmosfera, a hidrosfera e a biodiversidade, consciencializando cada um de nós através da Divisão Equitativa, apresentando objectivos pertinentes de interesse global, a coexistência, com a Soberania Complexa e, o conceito simplesmente lógico da visão do Mundo como um todo, partilhado por todos, sendo urgente a prática de Propriedade Soberana .


Conceitos idealistas, frescos e inovadores como a Economia de Simbiose e Da Amizade Entre Povos fazem rejubilar qualquer ser humano interessado em coexistir com os outros e com o que o rodeia.

´
não confundir consciencialização global com globalização!

Coco Chanel

E quando num bar de segunda, um grupo de bêbados a apelidou de Coco no seguimento de uma canção que tentou cantar entre a animada multidão, ela não aceitou apenas esta alcunha embaraçosa, mas adoptou-a orgulhosamente e teimosamente, impondo-a ao Mundo inteiro como, Coco Chanel.

Ela inventou e ofuscou.
Ela permanece um século depois, como um simbolismo de independência e de elegância.

Ela amou e foi amada mas manteve um espírito livre no coração de uma era que considerava o amor e a liberdade, como condições contraditórias.

O desempenho de Audrey Tautou é, para mim, um dos seus melhores até à data, revelando a personalidade obstinada da sua personagem através de uma entrega perspicaz e de um permanente, embora atractivo, mau humor.
A minha tardia descoberta d’Amelie, não impediu a instantânea e desmedida paixão por tão conhecida personagem, filme e banda sonora. Já tive a oportunidade de ver outros dos seus trabalhos, confesso, que alguns até me desiludiram mas Tautou como Coco, deixa marca.




e sim, mais uma vez a minha Adrianissima regou a nossa amizade .

descobriu que eu, afinal, sou low maintenance .

estendeu a mão com o lenço, quando eu, lavada em lágrimas,

já mal via a minha Tautou .

and i love that Boy

8.7.09

“Olá Guiga e que tal um gelado a ver o por do sol?”


Porra.
Admito, fez palpitar…


Vou ver-me obrigada a entrar num retórico mas exacto conceito, ao dizer que num segundo tudo muda. Num segundo, o que não era passa a ser. Num segundo, a cabeça antes tranquila, entra num rebuliço de quês e porquês. E facilmente, dadas as circunstâncias, o que já não era um problema volta a ser, o que estava arrumado entra em corrupio e o que se esperava, mas não se queria, acontece.

Hoje, quero honrar com um saudosismo esperado mas sem tristeza, uma alma que hoje nos deixou. Alguém que chamava de avó por amor apesar de não partilhar sangue, alguém que me viu crescer e tornar mulher, alguém que me recebia sempre com a mesma frase nada apetecível, mas carregada de ternura.

Alguém, que sempre me recebeu de braços escancarados.

Recuso-me a encarar a morte como uma coisa má, algo que é temível, (não, com isso, que a ache apetecível!), mas a verdade é que gosto de acreditar, que do outro lado, não sendo obrigatoriamente um jardim idílico ou um inferno terrível, nos estará reservada, uma paz que irá tornar o cenário simplesmente obsoleto.

A carne vive e morre, mas a alma evolui sem limite nem fim.

A morte não tem de ser dura, nua e crua, a morte, não pode ser o fim de tudo sem poder fazer nada.
A morte, como fim, faz com que a vida, num todo, deixe de fazer sentido.
A vida é curta e ocupada e não deixa tempo para por em prática o que se aprende, o que se sonha, o que se quer. Na maior parte das vezes, quando finalmente aprendemos algumas lições e elas se entranham, já estamos velhos e sem vitalidade, tudo começa a passar por nós, sem ser parte de nós, mas sim, dum outro, de alguém que conta.

Por isso, acredito veemente na existência da Alma. Seja ela gémea, companheira ou só mais uma que, connosco se cruza, mesmo que nada nos traga. Acredito, que se multiplica e se reconhece. Acredito, que o Nirvana é o objectivo, sem ser algo tão imediato que se torne possível na duração de uma vida, (mesmo que sejam noventa e quatro anos).

Hoje, a evitar lágrimas, comemoro recordando todas as histórias que poderiam ser contadas.

7.7.09

Foi com uma efervescência infantil que cheguei ao CCB pronta a ser surpreendida com as notas irreverentes, aceleradas, complexas e singulares. Resultado, da amálgama de vários estilos musicais, que vão da música tradicional francesa ao minimalismo pulando para o rock com laivos de música clássica, chegando, a uma simbiose perfeita que nos faz atingir um clímax auditivo, que, por sua vez, deixa a pulsação em descontrolo.

Dust Lane foi-nos oferecido com uma rendição cúmplice entre Yann e os restantes músicos que o acompanham, sendo, qualquer um deles o tempero necessário para um desfecho irrepreensível.

Numa profética ironia à doçura esperada com os acordes da Amelie, deixou o gosto do conhecido com um surpreendente arranjo, afirmando distanciar-se das várias personalidades de cada trabalho.

Se efervescente estava, efervescente continuei no caminho para casa, por ter a noção de ter presenciado uma demonstração dum profundo conhecimento e genialidade musical, divinamente destribuido por cinco pessoas, simplesmente soberbas!



5.7.09



não consigo sair de casa
nem atender o telefone.
estou a ir abaixo novamente
mas não estou sozinho.

arrumar de vez
as contas da alma:
isto para o lixo,
isso pago por completo.

quanto à queda
começou à bastante tempo:
não consigo para a chuva,
não consigo para a neve.

sento-me na minha cadeira.
olho para a rua
o vizinho retribui
o meu sorriso de derrota.

movo-me com as folhas.
brilho com o crómio.
estou quase vivo.
estou em casa.

ninguém a quem seguir
e nada para ensinar,
à excepção de o objectivo
ficar aquém do alcance.

Leonard Cohen in Livro do Desejo
menina linda que estás guardada num lugar muito especial



e quando as coisas são especiais, elas têm um sabor diferente, uma cor diferente, um jeito diferente, um cheiro diferente.



delta tejo - 03/07