30.7.10

alta sensibilidade em baixa fidelidade


mais um vicio que se entranha mais uma paixão auditiva que se ganha.

decora este nome: joão berhan

a time out lisboa escreveu: «é cantautor alfacinha que, mesmo com escassos meios, consegue escrever grandes canções». mas ele prefere intitular-se um cozinheiro de "quase-canções". canta sem microfone arranha a viola e escreve verdades sem rodeios e sem papas na língua.

ouço e volto a ouvir e continuo com vontade de ouvir só mais uma vez. não cansa. ainda sei muito pouco sobre ele, mas quero saber mais. muito mais.



ouve só isto: alface oculta

29.7.10

o ccb fora de si e eu a rezar que hajam mais descontroles assim.
podia virar síndrome.







poderia continuar...

25.7.10

por vezes duvido se alguém alguma vez me magoou ou se fui eu que me auto-infligi e que dei nome próprio a cada ferida... por isso, exijo que me seja feita uma lavagem emocional com petróleo. só assim me poderei curar de ti.

é favor trazer bom-senso cianeto e um copo de água com muito açúcar para a mesa aqui do canto.
amo-te tanto, meu amor... não cante
o humano coração com mais vontade...
amo-te como amigo e como amante.

amo-te afim, de um calmo amor prestante
e te amo além, presente na saudade
amo-te, enfim, como grande liberdade
dentro da eternidade e a cada instante.

amo-te como um bicho, simplesmente
de um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente

e de te amar assim, muito e amiúde
é que um dia em teu corpo, de repente
hei-de morrer de amar mais do pude.


vinicius de moraes in o operário em construção e outros

este era o poema que te queria ler
quando fossemos velhinhos

24.7.10

ver-te é tingir as palavras de mágoas e
o coração de esperança.
é lembrar o toque,
ternuras e afagos num sabor vago
de pele embriagada de prazer.
é fazer o tempo parar e
voltar atrás e
ficar suspenso e assim
voltar ao tempo do qual não se quer sair.
é ser invadida por uma das mais deliciosas e
avassaladoras composições de
paixão e saudade.
é ter vontade de tecer tudo e
reconstruir a corda vermelha,
fio por fio.
é não temer o olhar e
o silêncio e
sentir a paz que tudo acalma


20.7.10

sou menina para ceder a vicios, aos meus vicios, sem pingo de contenção e
com este menino tudo fica à flor-da-pele.
é a intensidade levada ao expoente máximo porra.

esta tem levado a vida em modo repeat.



salva-me . salva-me . salva-me

por aqui as aranhas nunca hão de ter casa.

19.7.10

só o sangue da morte apagará o fogo do amor
luís de camões in os lusíadas

18.7.10

agora com o coração já sem peso. depois da instabilidade vivida com sentimentos desbotados e enrugados pelo tempo. da palavra inquieta pela urgência que levou à confissão que levou ao silêncio. compreendo agora que talvez me tenha tentado refugiar no segredo do teu abrigo já ferida de outros combates. que talvez te tenha tentado conduzir a um lugar sem tempo nem contornos. exausta dos combates. presa àquele lugar àquele tempo naquele preciso momento em que a perfeição resolveu aparecer sem aviso prévio sem pudor e sem razão. esta constante incoerência magoa-me. e esta estúpida carência dos teus lábios levou-me a aprender que a vida deve ser bebida quando os lábios estiverem já mortos. educadamente mortos. só assim não se sentirão presos mas sem morada e vagabundos. longe de ti sou fraca e pergunto-me se o tempo nada trás e se já tudo levou e justifico constantes balanços negativos com fúria controlada mas veias a latejar. porque se tu és fogo eu sou cinzas. porque neste doce engano de que de tudo somos donos sem na verdade nada possuirmos e de pés frios, sou aquela que só quer um suspiro em paz, a mórbida necessitada de atenção e de um beijo no lábio de baixo a deixar o de cima impaciente e de castigo, para depois surpreender os dois ao mesmo tempo num beijo apoteótico, digno de uma scarlett.

não mais do que isso. não menos, isso não.






9.7.10

... A prenda ...

"... Para não soar 'insolente', roçando o 'ordinário'...
se bem que a 'intenção é que conta'...
Original e SÓ para ti
*... e alguns de vocês."

Disfrútalo!!

* Para quem tem a manía que Manda, sem o saber fazer...
Algum dia, certamente, em seu percurso, tropeçará em sua própria 'prenda'..
... E para alguns mais...
(sem desejar mal.. apenas o óbvio..)

Tiggy, amiga, desculpa usar teu suporte de ideias para divulgar minha revolta contra alguns 'poopOwners'.
Não extingue tal, mas atenua.
Por outros motivos, certamente, apoiar-me-ás.

Um bem-haja!
De facto, é um prazer oferecer
... e com qualidade, mesmo que de respectivo conteúdo...!

4.7.10

quero ver isto:





e mais uma vez ouvir isto por arrastão:





houve quem já tivesse feito a piada: é tipo lost in translation sem o japão e maria antonietta sem os figurinos de época. é exactamente essa razão pela qual fico em formigueiro por ver o novo trabalho de sofia coppola, somewhere. porque esta é uma menina daquelas que faz alguém escrever-lhe uma música a afirmar boas intenções e para anunciar isso à familia e ao mundo. que já foi musa e actriz e que em dezasseis minutos e a preto e branco nos desarmou com lick a star. que nos prendeu à história das irmãs lisbon que nos disse que o amor é um lugar estranho e que numa explusão de cores nos conta a história de uma rainha francesa do secúlo XVII que tem uns all star e vive ao som de new order dos the strokes e das bow wow wow. é cinema por excelência que vou ver e nada menos do que isso.
já marcaram presença algumas lágrimas e uns soluços prometeram aparecer de surpresa. quero ver. quero ver. e vou ver. hitchcock é o rei da síntese visual mas esta menina não lhe fica atrás. entre formas de filmar e filtros e bandas sonoras marcantes, nada fica ao acaso. estou ansiosa e o final do ano nunca mais chega. mas eu espero.

3.7.10

e tu, que momentos escolhias?




diz-se que nos passa a vida à frente dos olhos quando chega a nossa hora. nunca tinha dado muita importância a isso até hoje. quais seriam os momentos que iria escolher rever. se seriam os momentos mais importante se os momentos mais felizes. quais escolheria. sem partes morbidas ou nostalgicas ou sequer de fazer arrepiar hoje pensei nisso e a culpa foi desta curta.

1.7.10

«Andy Warhol experimentou todos os meios de produção cultural, explorando áreas tão diversas como cinema, fotografia, pintura, música, vídeo e televisão. No final dos anos 60, porém, avisou os seus amigos e fiéis admiradores (e colaboradores) que iria dedicar-se à realização de filmes. A exposição Warhol TV, pretende mostrar essa faceta do artista pouco explorada e conhecida, quando comparada com as outras formas de Arte a que se dedicou. Marcou, no entanto, uma época na televisão americana, nas décadas de 70 e 80 do século XX. Esta mostra explora-as através de diferentes temáticas: as «soap operas» (Vivian's Girls, Phoney e Fight), a procura de talentos na canção, na moda e no cinema; o fascínio que Andy Warhol tinha pela beleza (e também pelos artistas e pela sua transformação), os minutos em que ficou (ainda) mais célebre, com a sua presença no programa Saturday Night Live, os programas Fashion (10 episódios sobre moda, criadores e manequins), que realizou para os canais por cabo, e Andy Wahrol's TV, onde foram entrevistados Steven Spielberg, John Waters, Duran Duran, Cindy Sherman, Larry Rivers, Bill Coppely, Keith Haring, Pee Wee Herman, Paloma Picasso, Issey Miyake, Debbie Harry, Divine, Sting e Georgia O’Keeffe. Em colaboração com o Museu Andy Warhol, de Pittsburgh (EUA).» in sapo cultura



no Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea

de 19-07-2009 a 31-08-2010