19.4.11

quando somos pequenos dizem-nos que quem morre vai para o céu. escolhem não nos explicar bem as coisas. acho que durante muito tempo acreditei que esse «céu» de que falavam era um país no estrangeiro .acho que ainda hoje acredito um bocadinho. é melhor assim. é mais fácil.






o confronto com a morte não é mais do que o entendimento de que somos mortais. que não duramos para sempre. que há pessoas que nos sobrevivem, e pior, que sobrevivemos a algumas pessoas. é isso que mete medo. é isso que provoca o nó na garganta e este grito mudo. não olhamos a morte nos olhos. não encaramos a morte de frente, como se assim lhe conseguíssemos escapar.

o céu pode até ser um lugar que não se pode visitar, mas é, com toda a certeza; um lugar onde se podem marcar reencontros.