28.1.11

estas cenas pop-pastorais são o meu futuro.



hoje estou como ela.
com um pouco menos de
baton vermelho.
mas lágrimas e estilo,
tal e qual.

a inocência é pele nua...


... e o vermelho o novo nudismo.


27.1.11

tão bonito. tão.
sem malvadez.
podia jurar que o meu aquecedor faz mais calor quando isto dá.



é visceral. é amor. é murro no estômago e pontapé na canela. é unhas cravadas nas costas. é o último suspiro que puxa a lágrima. é a jugular a querer ver a luz e o que é o amor.
porra de vídeo, à falta de melhor adjectivo.
olhos abertos. não pestanejar.



e sim, estou melhor.
obrigada.

24.1.11


estou com uma valente gripe sazonal.
encontro-me num estado letárgico e com uma pungente dor de cabeça. o nariz já se começa a apresentar carcomido de tanta assoadela e espirro até à metafísica. o corpo parece ter sido atropelo por um hummer e só tenho vontade de me enterrar debaixo das sete saias da minha cama, enroscar-me numa posição fetal, chamar pela minha mãe e contar a verdade sobre quem partiu o xadrez de alabastro em 86 – pode ser a minha última oportunidade para encontrar a salvação e garantir o meu lugar no céu.

é triste esta condição em que me encontro. muito triste.

23.1.11


me siento una mujer muy caliente. – e os quase 39 graus de febre
justificam-no.
o meu voto vai para....

21.1.11

i will possess your heart

em oito minutos e vinte e cinco segundos.


20.1.11

fiz-te funerais, honestos ou não, venha o diabo e atire a moeda ao ar – quero lá saber. purguei-te. expulsei-te. condenei-te. raspei-te de mim e transformei pele em carne-viva. ofereci-te o meu corpo em vão e permiti que nele tivesses quarto privado com vista directa para um sorriso que não reconheceste rendido. para um olhar que nunca soubeste compreender. acho que os teus olhos nunca se estacionaram nele, perderam-se sempre entre encruzilhadas e a vastidão da perspectiva. não há contentamento que te chegue. não há.
apaguei-te. e até cheguei a considerar – e repara até que ponto chegou a minha insanidade - atirar-te areia para os olhos. entregava-te a desculpa na palma das mãos. afinal, até que ponto se poderá imputar culpas a uma visão turva e distorcida. achei que ao estacar o pulsar do teu sangue enquanto me levavas em braços quentes, seria a contenção necessária para te atirar para um esquecimento que nada tinha de precoce. sem socorros de última hora. sem lacuna’s inc. enviava-te a ti mais todas as lembranças cano abaixo juntamente com todos os teus alter-egos. - sério, leva-os a todos contigo.
ofereci-te palavras sentidas enquanto tu roubavas a pouca dignidade que lhes restava. a elas. a mim. nunca lhes deste o valor que acreditei e investi nelas e num rude método linear foram entregues à depreciação. erro crasso, meu amor. erro crasso. vergonhoso abandono de causa como testemunha ocular num crime passional.

19.1.11




com o corpo em excesso de velocidade a identidade estilhaça levando a mão a uma valsa bipolar. negligência-se assim a regra e dá-se ênfase a uma escrita diletante.

18.1.11

you're funny*


ok. há quem aqui venha parar ao trambolhão com a ajuda do google. seguem-se os exemplos:

'vernizes para pés' - pois bem, está justo. aqui a menina adora unhas pintadas e não esconde o fetiche. e verniz vermelho que dê para pés é certo que vai dar para as mãos porque euzinha não faz discriminações.

'como deixar de tomar lorenin' - epah. ...eu não sei. não precebo nada dessas coisas. juro! acho melhor perguntarem ao palma.

'músicas para frouchos' - música é o que não falta por aqui, agora, frouchos?! só se forem os
pensamentos de domingo. mais nada.

the last but not the least:

'le petit ballon rouge - portugal' - até parece que existe sucursal em espanha. que fofos! é preciso ter calma, a economia não está para esses devaneios. estou a considerar no entanto, no futuro, uma rede de franchisados. quiça?!

começo a acreditar que devia pensar em criar uma daquelas associações de auto-ajuda à semelhança dos AA e iniciar um programa de recuperação. sem qualquer relação com doutrinas religiosas e sem fés enganadoras; investia em doze passos baseados em teorias abstractas da experiência dos primeiros amantes de lyrics e açambarcadores de vidas irrepreensivelmente perfeitas em technicolor e podia ser, que assim, expulsasse esta miserável compulsão por sol-e-dó e vida cravada em películas.





boa tarde, o meu nome é ingrid.
e admito ser musicalmente promíscua e cinéfila emproada de trazer por casa.

16.1.11

tore my heart




chega a ser poética a vaidade com que me condenaste. pergunto-me se te teria sido mais conveniente se tivesse continuado solitária e patética. diz-me, durante quanto tempo consegues tu suster o teu rancor?

13.1.11




Tickle me pink
I'm rosy as a flushed red apple skin
'xept I've never been as sweet
I've rolled around the orchard
and found myself too awkward
and tickle me green I'm too naive

Pray for the people inside your head
for they won't be there when you're dead
muffled out and pushed back down
pushed back through the leafy ground

Time is too early
my hair isn't curly
I wish I was home and tucked away
when nothing goes right
and the future's dark as night
what you need is a sunny sunny day

Pray for the people inside your head
for they won't be there when you're dead
muffled out and pushed back down
pushed back through the leafy ground

Don't know where I can find myself a brand new pair of ears
don't know where I can buy a heart
the one I've got is shoddy
I need a brand new body
and then I can have a brand new start

Pray for the people inside your head
for they won't be there when you're dead
muffled out and pushed back down
pushed back through the leafy ground

Monsters in the valley
and shootings in the alley
and people fall flat at every turn
there is no straight and narrow
offload your wheelbarrow
and pick up your sticks and twigs to burn

Pray for the people inside your head
for they won't be there when you're dead
muffled out and pushed back down
pushed back through the leafy ground

Pray for the people inside your head
for they won't be there when you're dead


12.1.11

num atrevimento pueril, esta veio dentro do bolso. não tenho por hábito extorquir, é mais comum compartilhar.
à baixa protecção impus alta usurpação. e não me arrependo.
toma, é para ti.

barbie is a grown ass woman with some issues...

just like me.











eu linkei-o a ele. ele linkou-me a mim. e agora estamos linkados um ao outro.


está aberto o mercado das permutações, ou, se preferirem, o sistema de troca de favores no colunismo social, embora eticamente suspeito, costuma ser inócuo.

10.1.11


sinto que saí do bairro mais degradado do meu cérebro.
aquele que todos evitam, e onde os táxis de madrugada se recusam a parar.
onde há rusgas, pulsos doridos, bêbedos, dealers, senhoras-que-se-vendem, música muito má de fundo, e onde falta uma pinga de amor às 3h da manhã.
atrevi-me a sair dele.
fartei-me dos vizinhos. e sóbria, as paredes e degraus deixaram de ser apelativos.
there is a light that never goes out

errata:
ainda estou ao virar da esquina.
quero acreditar que isto não é um círculo de eterno retorno but you never know. estou a meio caminho.
ou vou conhecer os subúrbios ou volto para o antro.

take me anywhere, I don't care.I don't care. I don't care. I don't care.

7.1.11




para que não haja dúvidas.
este amor não me mal trata e está longe de me destruir. raramente é biográfico e nunca se encontra arquivado cronologicamente.

não me tentes desemaranhar. o que escrevo não foi feito para isso. juro que não.

1.1.11

primeiro filme.
primeira música.
primeira entrega do ano.

sou assim, extremamente feliz nas minhas escolhas músicais e cinematográficas mas uma eterna infeliz nas escolhas amorosas. deixei de acreditar no poder curativo das bolinhas e no bater esperançoso dos calcanhares. sou assim. não acredito.
mas tento.





senti o coração parar de bater, e não foi por um segundo

acho que não é o novo ano que me vai resolver. afinal é só mais um ano.
falam em esperança. tenho-a sempre mas nunca a tive.

não como o raio das passas é no que dá.