estou a precisar de calar esta saudade sem razao.
30.11.09
28.11.09
DE REPENTE do riso fez-se o pranto
silencioso e branco como a bruma
e das bocas unidas fez-se a espuma
e das mãos espalmadas fez-se o espanto.
de repente da calma fez-se o vento
que dos olhos desfez a ultima chama
e da paixão fez-se o pressentimento
e do momento imóvel fez-se o drama.
de repente, não mais que de repente
fez-se de triste o que se fez amante
e de sozinho o que se fez contente
fez-se do amigo próximo o distante
fez-se da vida uma aventura errante
de repente, não mais do que de repente
vinicius de moraes in "o operário em construção e outros poemas"
first aid kit
silêncio. cama. escuro. olhos fechados. veludo negro
depois da mudança de código postal e de tudo e mais alguma coisa. Depois dos amuos que nem gente grande, de lágrimas secas por lenços de papel já meios desfeitos com cheiro a mentol e depois de ter deixado de ouvir o coração bater por alguns segundos com a emoção do cheiro a novo no meio da pequenez do desconhecido. e depois de noites monocromáticas para controlar a ansiedade e agora a saudade, essa, que nunca acaba e só cresce a torto e a direito.
resolvi vir aqui espreitar este tasco com tendências suicidas mas que teimoso se vai arrastando já sem escalpe (e lembrei-me dos basterds). que nem mesmo estando meio roto e esburacado por ausências e mais ausências que resfriam o sangue mas não o param, lá vai resistindo com curtos mas incessantes batimentos cardíacos.
os serões de agora, esses, tapados a manta com gosto a melhor reencontro do ano, são apreciados com preceito e a rigor. fragmentos refrescantes e dignos de apontamento para a rotina que antes se acreditava chata e sem tempero, e que agora é tão apetecida pela pontuação encontrada no seguro.
arrecadasse até agora, o princípio do Mundo e o fim da ingenuidade - até mais ver.
depois da mudança de código postal e de tudo e mais alguma coisa. Depois dos amuos que nem gente grande, de lágrimas secas por lenços de papel já meios desfeitos com cheiro a mentol e depois de ter deixado de ouvir o coração bater por alguns segundos com a emoção do cheiro a novo no meio da pequenez do desconhecido. e depois de noites monocromáticas para controlar a ansiedade e agora a saudade, essa, que nunca acaba e só cresce a torto e a direito.
resolvi vir aqui espreitar este tasco com tendências suicidas mas que teimoso se vai arrastando já sem escalpe (e lembrei-me dos basterds). que nem mesmo estando meio roto e esburacado por ausências e mais ausências que resfriam o sangue mas não o param, lá vai resistindo com curtos mas incessantes batimentos cardíacos.
os serões de agora, esses, tapados a manta com gosto a melhor reencontro do ano, são apreciados com preceito e a rigor. fragmentos refrescantes e dignos de apontamento para a rotina que antes se acreditava chata e sem tempero, e que agora é tão apetecida pela pontuação encontrada no seguro.
arrecadasse até agora, o princípio do Mundo e o fim da ingenuidade - até mais ver.
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