28.11.09

silêncio. cama. escuro. olhos fechados. veludo negro

depois da mudança de código postal e de tudo e mais alguma coisa. Depois dos amuos que nem gente grande, de lágrimas secas por lenços de papel já meios desfeitos com cheiro a mentol e depois de ter deixado de ouvir o coração bater por alguns segundos com a emoção do cheiro a novo no meio da pequenez do desconhecido. e depois de noites monocromáticas para controlar a ansiedade e agora a saudade, essa, que nunca acaba e só cresce a torto e a direito.
resolvi vir aqui espreitar este tasco com tendências suicidas mas que teimoso se vai arrastando já sem escalpe (e lembrei-me dos basterds). que nem mesmo estando meio roto e esburacado por ausências e mais ausências que resfriam o sangue mas não o param, lá vai resistindo com curtos mas incessantes batimentos cardíacos.

os serões de agora, esses, tapados a manta com gosto a melhor reencontro do ano, são apreciados com preceito e a rigor. fragmentos refrescantes e dignos de apontamento para a rotina que antes se acreditava chata e sem tempero, e que agora é tão apetecida pela pontuação encontrada no seguro.

arrecadasse até agora, o princípio do Mundo e o fim da ingenuidade - até mais ver.