19.12.09

nunca fui muito boa em resumos, os dedos têm tendência a ficar entorpecidos e as ideias não obedecem a uma ordem fiel.

prefiro deixar por contar o que nem merece ser contado.
não fazendo qualquer questão pelo desperdício nas palavras. à gente que nem nada merece.

e num flash um velho mito vem à baila, as pessoas más deviam ser coxas e ter um sinal na testa, logo de seguida penso no ridículo dessa ideia. mas penso-o com a vontade de não querer deixar cair um mito por terra, afinal os mitos querem-se intactos, porque assim é que deve ser.

depois vem a sede da esperança já outrora mil vezes questionada, de que o que hoje não faz sentido algum, amanhã poderá tornar-se a epifania e a entrada para o que tanto se esperava.

com o orgulho que corre nas veias de ter uma alma limpa - algo raro nos dias em que correm.
com um mau feito internacionalmente conhecido mas de uma pureza que não se encontra mais.
sim,
eu
sou
assim.
o final da ingenuidade que se lixe, porque eu ainda não estou preparada.

fecho os olhos e durmo com este pensamento.
lá fora neva.