25.7.10

amo-te tanto, meu amor... não cante
o humano coração com mais vontade...
amo-te como amigo e como amante.

amo-te afim, de um calmo amor prestante
e te amo além, presente na saudade
amo-te, enfim, como grande liberdade
dentro da eternidade e a cada instante.

amo-te como um bicho, simplesmente
de um amor sem mistério e sem virtude
com um desejo maciço e permanente

e de te amar assim, muito e amiúde
é que um dia em teu corpo, de repente
hei-de morrer de amar mais do pude.


vinicius de moraes in o operário em construção e outros

este era o poema que te queria ler
quando fossemos velhinhos