30.8.10
29.8.10
se move em slow motion e
anda no sentido contrário
já com os olhos a meia haste e
as palavras queimam os lábios e
o orgulho se dissolve
só resta agarrar a paz
a força
as certezas e
consentir que a pele respire e
que o peito encha e
que o coração volte a bater e
que as sobras deixem de sobrar
somente por saber que
o futuro mora
nas promessas por realizar
28.8.10
nesta en kärlekshistoria - swedish love story, ele deita por terra o ar de menino travesso e ganha o de adolescente apaixonado quando mesmo no meio duma multidão que pode roubar certezas e dissolver vontades a procura e tenta prender o olhar no dela e que mesmo de orgulho másculo mas ferido e a rebolar na terra a faz correr atrás dele com um desespero quase palpável. esta é uma história de amor sueca que apesar de volvidos quarentas anos é mais actual que nenhuma outra.
este é o EP do quarto albúm do summer camp e o segundo do thieves like us, mas é preciso dizer que os 'ladrões' já tinham lançado o seu shyness à quatro meses atrás. caso para dizer: ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão...
e como não há duas sem três vamos esparar pelo novo clip do owen pallet, e mais não preciso dizer.
25.8.10
24.8.10
so much loneliness in my bed
que não se conte o final nem partes importantes para o desfecho. que não se revivam momentos dum enredo triste e quase psicótico, do qual, só agora se dá conta. - mais vale tarde do que nunca, já dizem os antigos. simplesmente acabou. morreu. e não julgues tu que este vai ser daqueles finais com o protagonista a morrer e a ser vítima de violação afectivo-histérica em slow motion enquanto se ouve uma bela cantiga e nem as suas cinzas serão embaladas com vento e não haverá desesperos e contas feitas a facas e pulsos a implorar ou cordas tingidas. nada. apenas o fim, sem soluços e de olhos secos.
22.8.10
19.8.10
15.8.10
12.8.10
8.8.10
1.8.10
2046 kar wai wong
em mim fizeste despertar a irreparável urgência de escrever e traduzir silêncios e de querer aprender a esperar, (talvez estes sejam sinais nada passageiros de uma loucura que não se consegue deter). mas a saudade magoa-me e magoa-me também o sobressalto do meu coração que estupidamente insiste em procurar o teu sem no entanto esperar que expliques uma língua que recusas falar. magoa-me o segredo que se enroscou no meu corpo tremulo e frágil na virtude duma carência ao abrigar a tua carne num coágulo de paixão. recuso-me a dizer adeus porque acredito que só os mortos sabem morrer. porque a cada lágrima secreta que te ofereço em minha defesa estendo a mão à procura dum socorro que até agora nunca chegou e pergunto-me, como podes tu acusar-me dum negativismo que me é legitimo e dizer que não ouço quando tu te obrigas a uma surdez por conveniência? dizes que nada tenho a perder porque não sabes o que já ficou pelo caminho. por isso imploro-te. rogo-te. ou me olhas mais uma vez, só mais uma. e depois podes ir que eu deixo. ou peço-te, olha-me ainda menos ignora-me ainda mais. e assim prometo despedir-me de todas as coisas que um dia acreditei. prometo ficar mais pobre mas deixar de viver mendiga.