31.8.09

Nesta Era da falsidade

...que urge em cada canto tipo erva daninha, os que vivem da mentira, da calunia e da deslealdade não têm mãos a medir. Já não é só uma questão da maledicência a querer vestir a fachada da sensatez, é o não se conseguir ser mais. O que tem o pé maior e mais pesado é o que ganha!

Isto é o derradeiro final da crença na pureza humana.

É um final descrente, sem fé no milagre da cura.

Mas, segura de que, gestos "pequenos" fazem das pessoas "pequenas", e que, apesar de no imediato nada se poder fazer; existe sempre uma esperança sem fim à vista, no equilíbrio karmico ou numa qualquer Lei de Talião, não, que seja aplicada pelas minhas mãos, mas sim, pela vida.

O que se dá, é o que se recebe. O que se atira é o que retorna.

E o que moí, na verdade, é o que fica a pairar no ar.

É no entretanto, entre o mal feito e a verdade a ser descoberta, que fica algo que não é descritível por palavras, só com aquele palpitar nervoso, desconfiado e a medo do que está para vir, é possível perceber que o rato roeu a rolha e que o Rei vai nu, porque, até então, o Rei era crente, estupidamente crente.

O que está feito acaba por nunca se desfazer por completo.

Com esse sentimento de injustiça fica o rancor, a revolta.

Dito isto, que venha o diabo e escolha, qual deles é mais difícil de digerir. Qual deles deixa os olhos fecharem sem tirar sono ou sem dar aquela comichão no céu da boca.
Contudo, logo volto à ideia, que nada posso fazer senão acreditar, no que não tem fim à vista: a crença que existem fins tipo telenovela mexicana; os bons ficam felizes para sempre e os maus são castigados de forma atroz.