26.5.10

la folie rouge

hoje foi dia de obedecer a um desconhecido. de me rebolar na relva e sujar-me. de reviver nostalgicamente passos que talvez possam não voltar a se repetir num futuro próximo porque talvez tenha chegado a hora de dizer adeus, é provavel que a experiência tenha morrido de cansaço. hoje foi dia de me sentar no chão da sala número sete e de ler e reler « there is also . a wild beast like craving . for every inch of your body . for every secret . and shameful part of it . four every oudor and act of it.» de fechar os olhos e obrigar-me a comungar fracassos e conquistas saudades e repulsas. paixões e desilusões mais montanhas russas emocionais e o diabo a sete. hoje purguei-me em frente à espera representada numa tela rasgada. zanguei-me com o thomas ruff que diz que a fotografia só capta o superficial quando a profundidade vive nas suas imagens mas fiz as pazes com o verão de pollock. cedi ao sorriso-nervoso-infantil diante de lichtenstein e nem sequer houve lei imposta na ala worhol. houve espaço para o vermelho-leninista e o vermelho-sangue das veias de joan jonas que ficaram para trás no quarto da sua projecção e também para lembrar que o vermelho-desejo das unhas não se quer lascado porque a cabeça quer-se limpa e desocupada e o desejo intacto porque assim é que deve ser. de me auto-mutilar com rudolf scharzkogie e arrancar o coração para fora do peito. renovar a pele e dar coordenadas ao que corre sem uso.
hoje o final não foi bonito, mas o caminho até lá chegar foi divertido.

surrealism and beyond .
poetry and dream.