20.10.09

Doclisboa 2009


Com tanta locomoção à minha volta e com o desassossego em que me encontro derivado à minha ida para Londres, quase me escapava evidenciar a obrigatoriedade que se impõe em desfrutar da extensa variedade da programação do Doclisboa 2009.

Com 200 filmes a serem exibidos por várias salas de cinema lisboetas, confesso, que me captaram a atenção os trabalhos: Escrever, Escrever, Escrever; Hasta La Vitoria; Poussieres D’Amour – um dos preferidos do falecido erudito, João Bérnard da Costa; La Danse-Ballet de l’Opera de Paris e o trabalho colectivo Loin Du Vietnam de Jean-Luc Godard, Alain Renais e a Àgnes Varda, já nossa conhecida com as suas praias - documentário que ainda se encontra em exibição. Posso adiantar para quem ainda não viu, que é daqueles trabalhos de um egocentrismo puro mas do qual se tem de gostar, por se sentir que é feito pelo amor à arte, ao cinema.

Nesta vasta programação, vamos ter também actividades paralelas como: Masterclasses com Gianfranco Rosi, Petr Lom e o grande Jonas Mekas, o próprio. O homem que é simplesmente considerado o pai do cinema de vanguarda.
O litiuano, alcançou a sua imortalidade quando revolucionou o cinema underground nova-iorquino na década de 60, com as obras: Andy Warhol, Alan Ginsberg, John Lennon e Yoko Ono e Salvador Dali.
Neste Doclisboa, Mekas, vai também apresentar o seu mais recente trabalho, An American Film Director At Work: Martin Scorcese.

Vão também realiza-se Workshop de realização, colóquios, forum debates, vidioteca e After Docs no Cinema São Jorge. É de destacar no dia 23, o concerto dos Algazarra Balcânica acompanhados pelos nossos maravilhosos Kumpania Algazarra – e assim, fica desvendado o mistério do porquê de não ir ver o meu nomada baladeiro. É que afinal, vou pular até se acabarem as pilhas! Lá vou estar eu, durante uma semana ou mais, com fortes dores musculares de forma a lembrar esta farra, à partida garantida.