12.10.09

feliz, mas com um ligeiro trago a óleo de figado de bacalhau na boca

fui encomendar a minha máquina polaroid – ou melhor, fuji. visto que já não se fabricam as originais.
e lá vinha eu, toda contente com um sorriso meio parvo mas em riste e talvez um pouco exibicionista, quando vejo um sem-abrigo a comer restos dum caixote de lixo. não conseguindo ficar indiferente e como tinha um croissan na mala para o lanche, aproximei-me e perguntei:

posso oferecer-lhe este croissan que não me apetece comer?

não. Dê a quem precisa mais. eu já estou servido.

fiquei atónita e confusa. e mais uma vez, veio-me à cabeça a curta da Claudia Varejão – Falta-me.

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