25.3.10

visto pela segunda vez, digo de minha justiça
não o coloco como o filme de terror do ano 2009 como o empire aclamou, até porque a meu ver não pertence a essa categoria. nem assustador como o the daily telegraph o chamou.
mas considero-o sim, dos filmes mais chocantes e de digestação complicada senão impossível.
por vezes com um destino incerto e complicado de decifrar. com uma violência por vezes gratuita e de arrepiar. no entanto, cannes não enganou. destacando sim, a interpretação da charlotte gainsbourg, que é notável e quase palpável.
um trauma que se cruza com umas neuroses que chocam com um amor obscuro e, à partida displacente, mas que se revela profundo e de certa forma quase invejável, ao resistir e insistir em resistir e só mesmo o fogo o pára. com cenas demasiado explicitas para um conteúdo em que somente se previa ver o interior da alma e não a fisíca. mas afirmo que é de certa forma brilhante como tudo se encaixa e como o impensável se vai revelando no decorrer do filme, explicando o que não é perceptível a olhos mais desatentos.