31.10.10
higher hills do not provide for hearts born of coral and moss
e é em dias de noites mal dormidas que me lembro dela e me lembro das suas palavras. ela consegue exorcizar os menos crentes convertendo-os a peregrinos de uma linguagem de trovas modernas. de costumes e ritos pagões. é embriagante.
30.10.10
marie-thérèse walter
sempre na mesma direcção e sem atravessar o contorno.
29.10.10
kazuo ohno
cavalo de madeira . fruto proibido . nós cegos
28.10.10
27.10.10
26.10.10
magnifico material inútil
24.10.10
21.10.10
Feliz Cumple, amiguita!!!
r.i: Whore.
Me: Eh
r.i: You have to do what I say, it’s my birthday.
Me: No I don’t.
Me: You aren’t born yet, thus you don’t exist; thus I don’t have to be nice to you.
r.i: You said in your blog you would be nice to me. I KNEW you couldn’t do it.
Me: CRAP. I forgot. Maybe I will try again next year.
(source: the big, the bad and the ugly)
20.10.10
nika roza
ou zola jesus como prefere ser chamada.
há quem diga que ela nos faz aprender que os sentimentos nunca são dignos de uma noite tranquila. que não é fácil lidar com um coração partido mas que no fim vai tudo correr bem. de letras impossívelmente românticas e voz estupidamente densa zola j. faz-me sentir cenário fantasmagórico num espectáculo muito muito intimista.
19.10.10
postcards from italy
«vaivém. és um vaivém meu amor, mas só a segunda sílaba me conforta. a primeira faz-me lembrar a todo o momento a falta que me fazes.»
18.10.10
17.10.10
nem tudo o que parece é
a rapariga vudu
é feita de retalhos,
perfura-lhe o coração.
@tim burton
16.10.10
14.10.10
13.10.10
this charming man
«vai tudo correr bem
vai tudo correr
vai tudo
vai
bem
bem querer
tudo bem querer
vai tudo querer bem»
12.10.10
éloge de lámour
não procures encontrar explicação em todas as coisas.
é essa a beleza do mundo.' - diz ele.
(...)
«dou comigo a achar, que mais uma vez, godard, numa linguagem muito sua, consegue fazer com o que à partida não faz sentido, nunca venha a fazer sentido, mas o sentido das coisas que se lixe porque o importante são os sentimentos. 'que os sentimentos provoquem os acontecimentos, não o contrário.' diz a dada altura godard cintando bresson. fala das quatro fases do amor como se lê-se as rugas da palma-da-mão. reitera que há amores que ficam e resistem e sobrevivem a guerras. 'a medida do amor é amar sem medida’. fala dos americanos com sete pedras na mão – e esse ‘ódio de estimação’ é óbvio quando uma personagem americana ao telefone se vê obrigada a admitir que os EUA são um povo sem nome sem história e que, por isso, têm de se apropriar da história de outros povos. (esse momento é, simplesmento, lin-do!) e por fim, a troca cronologica da côr, tendo como presente preto e branco e passado a côr saturada da gravação por video. é, genial. (e não existe pingo de exagero nesta minha descrição.) é um regalo. não por ser uma história linear mas pelas relíquias nela contida.», digo eu.
11.10.10
it´s beyond my control
ela:
olá croma
eu:
olá menina bonita.
ela:
que tens feito? faz tempo que não dizes nada.
no sábado acabei por não ir ao bairro por isso é que não disse nada.
eu:
fiquei o fim-de-semana na ronha. entre sofá e dvd's e ver mails e responder e terminar o mail que enviei ao 'john malkovich' em reticências. tipo:
blá blá blá
...
e assinei.
enlouqueci.
enlouqueci.
não há nada em minha defesa.
enlouqueci.
ela:
pois sim, enlouqueceste.
you'll find the shame is like the pain, you only feel it once.
10.10.10
6.10.10
que este é um blog por vezes moribundo de atenção e
com tendências suicidas já se sabia.
que entre ausências e mais ausências
e outra vez as ausências
lá vai sobrevivendo
com curtos e arrastados batimentos cardíacos,
também.
e mesmo assim,
sem carne nem osso,
consegue agarrar a esperança pelos cornos e aguardar salvação
na tintura de iodo e mezinhas e poções.
afinal não se quer fugir ao hábito,
é como a marcha dos pinguins-imperador
não param e são inatas de tão bonitas.
agora, daqui, pouco ou nada se aproveita,
isso eu sei.
lá fora é o regresso da chuva,
dos casacos pesados que atrapalham,
dos guarda-chuvas às bolas
das franjas desalinhadas
da cafeína a mais
e calma a menos.
diminui o saldo bancário
mas aumenta a cinefilia por estas bandas.
no sofá, vai-se de jean-luc godard com éloge de lámour
a fernando lopes e o seu filme sobre a pina bausch.
de poesias do pessoa
à morte melancólica do rapaz ostra & outras estórias do burton.
com bilhete previamente comprado
e encontro marcado com brillante mendoza e a sua lola
obrigo-me a intervalar tudo isto com um pulo até ao europa
e um eléctrico chamado desejo no maria matos.
tindersticks
tindersticks
tindersticks
oh deus, até tremo só de pensar.
já para não falar do bicarbonato que se tornou vicio,
mas disso não se fala porque é segredo
e do gosto em falar com um desconhecido também não, isso não.
de repente vem-me à cabeça:
uma adulação repetida acabará inevitavelmente por tornar-se insatisfatória, e portanto ferirá como uma ofensa, já dizia saramago e agora digo eu.
será que com a chuva também chegou uma inocente ansiedade platónica?
épocas especiais alarmista sou meros apontamentos sublinhados com caneta flurescente?
enfim,
a verdade é que mais pó menos pó
lá se vai respirando por aqui.
por fim,
sem vestigíos de adrianices neste canto
vai não volta ainda mandas a tua cota para OPA