12.10.10

éloge de lámour

'uma sugestão, posso?
não procures encontrar explicação em todas as coisas.
é essa a beleza do mundo.' - diz ele.


(...)
«dou comigo a achar, que mais uma vez, godard, numa linguagem muito sua, consegue fazer com o que à partida não faz sentido, nunca venha a fazer sentido, mas o sentido das coisas que se lixe porque o importante são os sentimentos. 'que os sentimentos provoquem os acontecimentos, não o contrário.' diz a dada altura godard cintando bresson. fala das quatro fases do amor como se lê-se as rugas da palma-da-mão. reitera que há amores que ficam e resistem e sobrevivem a guerras. 'a medida do amor é amar sem medida’. fala dos americanos com sete pedras na mão – e esse ‘ódio de estimação’ é óbvio quando uma personagem americana ao telefone se vê obrigada a admitir que os EUA são um povo sem nome sem história e que, por isso, têm de se apropriar da história de outros povos. (esse momento é, simplesmento, lin-do!) e por fim, a troca cronologica da côr, tendo como presente preto e branco e passado a côr saturada da gravação por video. é, genial. (e não existe pingo de exagero nesta minha descrição.) é um regalo. não por ser uma história linear mas pelas relíquias nela contida.», digo eu.