23.1.09

Se não te atrasares muito, eu espero




“Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização.” (Martin Luther King)



Continuo à tua espera.
Mesmo já sem fé, mesmo já sem esperança.
Porque quem realmente sabe o que quer e o que realmente procura, espera. Assombrada de medos e desespero. Mas espero pelo dia em que te vou poder ter de novo, espero pelo dia em que irás perceber que me podes amar, acolher no teu leito e fazeres-me voltar a sentir segura e completa.

Foste tu quem um dia fez questão de usar o monótono compasso de uma frase feita, para me fazer acreditar que “quem espera sempre alcança”, por isso eu te respondo, “a esperança é a ultima coisa a perder”.

Deambulo nas complicações e inquietações da consciência que me tráz a realidade. A possibilidade de nunca mais te vir a ter. No entanto, resisto à impotência da espera agarrada à lembrança de um momento perfeito.
Do que vivemos e do que acredito que ainda vamos viver.
Quando se gosta de alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios. Enquanto se espera aprendemos a ver o futuro, a deseja-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver.