a curiosidade anseia a história de cinco de setembro do ano em que já tardavas e o mundo te queria.
porque ainda é o teu dia
sinto-te a falta mais porque estás dentro dos risos, dos pratos de mão em mão, do carinho, do bolo de ananás, no sopro que apaga a vela. rituais dos quais não faço parte.
porque ainda é o teu dia
lembro o cuidado com que manuseias a tua memorabilia em segundos em que mais nada importa. de respiração suspensa, dedos cautelosos e sorriso de miúdo na mais bonita das partilhas.
porque ainda é o teu dia
imagino-te, humilde, a detestar a atenção que sobre ti recai e te põe ainda mais bonito e inocente, e faz-me ver à distância o consenso que é gostar de ti, o quanto por todos és querido.
porque ainda é o teu dia
acredito que és um vaivém como o quadro no passos manuel. mas só a segunda sílaba me conforta. a primeira lembra-me a todo o tempo a falta que me fazes.
parabéns.