30.9.09

Primeira Lomo e um segredo




a minha é prateada, de colecionador

Ao acordar o dia não se adivinhava tão cheio e bom. Posso até dizer que não esperava encontrar a felicidade na sua mais pura condição. Mas foi isso que aconteceu. Hoje encontrei a felicidade, não debaixo da primeira pedra, mas sim, por baixo do elevador de Santa Justa, ao cimo da rua do Alecrim e em todos os lados por onde estes pés fizeram questão de caminhar. Isto, porque comprei a minha primeira Lomo!
Ando bastante atrasada na moda, bem sei.
Mas ainda assim, e sempre a tempo, comprei a Colorsplash Chancras para tornar estes meus dias que têm sido tão grey, um pouco mais coloridos e cheios de alegria.
Daí, ter andado com uma ansiedade infantil a tirar o maior número de fotografias para terminar o rolo e poder mandar revelar e ver, as muito (pouco) artísticas photos de zonas típicas e pessoas tradicionais de Lisboa.

Não podia ser mais fantástico o conceito de tirar photos ao acaso. Quer a monumentos, prédios, bancos de jardim, estátuas, e principalmente, ao desconhecido que passa, que não se importa de deixar tirar a foto porque está convencido que a máquina é de brincar. Ou então acha que é uma qualquer arma de arremesso e oferece umas pilhas, porque o receio ao estranho obejecto já a estava a deixar em desassossego.
isto, numa lojinha no meio do Bairro alto:

...“ai menina que até pensei que me ia fazer mal! Leve lá as pilhas que eu já nem me estava a sentir em mim!”

Frase que me fez deitar um sorriso rasgado apesar de indignado, mas com efeito calmante para quem o viu, abrindo de seguida as portas para a pergunta hoje tantas vezes feita:
“não! é só uma máquina fotográfica!
posso tirar-lhe uma fotografia? E prometo que da próxima vez que cá vier trago a photo para lhe oferecer!”

Feita mais uma amiga e com umas pilhas de oferta, lá segui caminho entre um mundo de coisas que pediam para ser fotografadas. i love my funny lomo!
Quanto aos resultados... ficamos com um rufar de tambores.

Ah! Quanto ao segredo… pois sim. Hoje contaram-me um segredo. Ou melhor, não me contaram, eu é que sou muito inteligente e perspicaz e descobri tudo sozinha. Mas, contudo, não deixa de ser segredo, por isso, não posso contar! No entanto, é uma questão de tempo. Já não falta muito para poder pôr a boca no trombone.

A propósito de instrumento musicais. Hoje também passei pela Fnac do Chiado para encomendar o Dolls do Takeshi Kitano e um senhor que estava por perto iniciou uma conversa que durou cerca de meia hora, mas com a qual fiquei deliciada pela cultura cinéfila e literária.
Acabei por seguir uma das sugestões e trouxe mais um filme para a minha colecção.
O trompete o violoncelo. É um filme colectivo.
Mas mais não digo, a não ser depois de o ver.