4.2.09

Em honra dos meus maus amigos


Venho aqui, prestar uma homenagem a todos os meus maus amigos.

Tenho a perfeita noção do quanto é valiosa a vossa falta de amizade para mim. Do quanto enriquecedora é a trajectória da vida convosco do meu lado, ou a trás, ou dos lados, porque sinceramente, vocês ultimamente aparecem por todo o lado. São tipo barata.

Vocês com toda a certeza são a razão pela qual, eu me sinto cada vez mais forte, mais perspicaz, mais astuta. Vocês ajudam-me a crescer, a desenvolver as minhas idoneidades e com toda a certeza e acima de tudo, a minha paciência.
Sem vós, eu não saberia dar valor aos bons amigos e convosco, tenho descoberto o quanto é bom vermo-nos livres dos que nos são nocivos.
Congratulo-vos por todas as vezes que, tiveram a capacidade de negar uma breve palavra de conforto ou um pequeno gesto de afecto quando mais precisei. A vossa displicência vai ficar registada para sempre neste meu coração. Todas as vezes que me deixaram sozinha! E o mais irónico, é fazerem questão de dizer, que eu me fecho e normalmente não peço ajuda. Que não sou humilde! Em nome da amizade dizem-se barbaridades e esperam-se milagres.
Para vocês eu serei sempre uma “obra de arte” inacabada que todos vocês acham que têm direito de “pincelar”. E nisso têm razão, de facto sou uma “obra de arte”, mas em construção. Uma obra, perfeitamente imperfeita.
Quando ouço falar de um de vocês, eu sorrio. Façam o mesmo, é elegante. Não aproveitem a altura para mal dizer e mal amar.
Meus queridos maus amigos, desejo-vos do fundo do meu coração, que sejam muito felizes. Só que longe de mim! E se algum dia nos cruzarmos na rua, vamos fingir que não nos vimos, ao menos vamos manter uma distância digna.