Houve quem me acusasse de não actualizar o blogue com tanta frequência como devia, isso quererá dizer que ando cheia de trabalho. Não, é mentira. Mas já andei, antes, com igual quantidade de obrigações, e escrevia mais.
A verdade é que a realidade me deprime, chega uma altura em que não sei sobre que escrever sem custos para a minha paz interior. Se não falo da minha pessoa tenho de falar do Mundo. E falar do Mundo faz-me sofrer. Não chega falar das dioxinas na carne de porco, é preciso chamar a atenção para a industrialização da morte de animais, em fábricas onde são tratados como meras peças de carne desde o momento do nascimento até à indigna morte. É preciso ter coragem para abordar o assunto. E isso faz-me sofrer. Não basta falar das faltas dos deputados que elegemos para que nos representassem no parlamento. Seria necessário questionar de novo a democracia, o que se pensa ser este sistema e o que se faz dele. E isso faz-me sofrer.
Abordar a questão da luta dos professores por uma avaliação diferente seria fastidioso de extenso, e far-me-ia sofrer. Deixei de acreditar no julgamento Casa Pia e no caso da miuda inglesa. O caso BPN não me interessa nem o do Banco Privado. Assuntos de bancos, sinceramente, só se for para levantamentos de dinheiro, e sem comissão, o que já nem na CGD é possível. Também me dava jeito que o meu banco me mandasse depressa o cartão de débito que substituirá o desmagnetizado, bem como o cartão de crédito com nova validade, porque, sinceramente, nestas condições está a ser difícil fazer compras. Depois dizem que o consumo baixou! Hoje o Louçã fartou-se de falar e estou sim, abalada com os fogos na Australia. Já não suporto mais ouvir falar do Socrates. Tudo isto me faz sofrer!