27.4.09

com mais cor do que nunca




Confesso que quando começou a passar nas rádios, talvez por conhecer e venerar a original. A nova versão de A Gaivota da Nossa Amália, estava a custar a entrar no ouvido.
Não habituado à voz da Sónia naquele timbre, insistia de forma linear em não sentir a força, que agora, acha incomensurável.

A ser editado pela La Folie, (editora criada pelos The Gift, e pela Valentim de Carvalho Multimédia), que além da Flor Caveira e Lisboagência, é sem dúvida, das melhores representantes da música Portuguesa. O registo deste trabalho vem provar, segundo Nuno Gonçalves in Blitz que, o Fado é redutor para a voz que brindou o Mundo, e ainda mais redutor para os compositores que imaginaram as melhores canções pop de sempre da história da música portuguesa.
Amália era muito mais que Fado. Amália era a voz. Mas atrás das letras, do tom triste e melancólico, havia melodias, que queriam mais espaço que umas tristes duas guitarras.


Em Amália Hoje, não há guitarras portuguesas, os arranjos assemelham-se à sonoridade dos The Gift, com a presença de orquestrações densas crescendo de intensidade e com apontamentos electrónicos a marcarem a cadência rítmica.

Cantado em português e sem medos.
Esse é o segredo, ter um pé na tradição sem ter problemas de mudar a cor.