10.4.09

The Caterpillar




Eu sabia que tinhas transportado a tua vida para outro lado, que tinhas pausado Portugal e corrido para Itália esperando encontrar, o que cá não tinhas achado. Mas hoje em dia, o mundo tecnológico engana o mundo físico e por isso acreditei que os km’s não acabariam com o costume. Depois da rejeição por mim acatada, a minha paz interior consolava-se com esse engano.

Os serões agora mais vazios sem ninguém que me desafie a querer saber o que está por detrás, a querer dar importância ao que ninguém usa.
Sem ninguém que me faça reconhecer que ser diferente é bom, e não, que é algo de se sentir constrangimento. Que se é diferente por ser, não pelo estúpido prazer de viver em contradição com todos. Sem ninguém que me diga, que o meu falado mau feito, são coisas do povinho.

Mais uma vez te digo. Isto é ridículo.
Por favor não me desapareças, por favor não me excluas.
Perdi-te por duas vezes e foi quase insuportável, por favor não queiras voltar a por a minha capacidade em teste, não me faças acreditar, que não te posso considerar meu caro.

Porém termino, com a sensação de que ridícula sou, por sentir algo que para o outro deve ser demais.
Para ti, sou só mais uma pessoa que em alguma altura, por alguma razão, se cruzou por algum tempo na tua vida. Só isso.