14.4.09

Não tenho escrito porque não tenho nada para dizer. Porque não me apetece.

Ora então, falar de trabalho é algo que me causa uma úlcera nervosa. Como que me sinto agastada com tanta preocupação com um futuro que não me parece repleto de realizações.
Já tive mais a ilusão infantil de que poderia fazer a diferença. Nos dias que correm já perdi essa pró actividade.
De manha leio o Expresso, hoje fiquei a saber que a peça para arranjar os semáforos de Lisboa vinha de Paris e chegava por volta das 14h30m, deveras importante. Tento descobrir uma forma de aceder ao MSN e à tarde respondo a e-mails. Sem duvida alguma, chego ao final do dia com uma sensação profunda de ter sido profícua.

Se em tempos, já foi habitual o ajuntamento diário em horário pós-laboral com amigos na esplanada mais próxima de forma a beber uma cervejinha antes de ir para casa… Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, os horários, os estados no BI e volvidos anos, os interesses. E então, a esplanada antes cheia de gente a rir, hoje, contenta-se com o Sr. Zezinho, um travesti na reforma que se tornou a figura principal das conversas das beatas da zona.
Os amigos próximos, que próximos são dependendo do dia, estão cada vez mais longe. Não só fisicamente como quimicamente, deixando comentários resignados em perfis sociais, só para parecer bem.

Tendo perdido o meu Muso inspirador e tão depressa não procurando substituto, falar de amor parece-me mais uma tarefa tipo lembrete do que propriamente um sentimento que eu saiba bem o que é. No fundo já ouvi falar e acho que já tive um uma vez, mas perdi-o e nuuunca mais o voltei a encontrar. Se houve altura em que tentei encontrar outro, agora tenho a certeza que devem estar esgotados. Possivelmente vou ter de esperar pelos saldos da época de Verão, certamente nessa altura alguma coisa se há-de arranjar.

Mas a verdade é que esta semana está a salvo com o concerto das Those Dancing Days na quinta-feira e Kusturica no sábado.
Talvez me queixe sem razão, o melhor é beber e saltar até esquecer problemas de trabalho, amigos parvos e amores inexistentes.