9.6.09

Ditos e mexericos entre parentes e amigos do mesmo povo, neste meio rural que é Lisboa.



Há gente que respira a vida dos outros. Que se alimenta das histórias alheias. Que gostam de falar dos outros, porque deles, não há nada com interesse para dizer.
Que na tentativa de não se olharem, preferem apontar o dedo, é mais fácil. Essa grande parte dos Seres Humanos são: artistas do mal dizer. São pessoas que gostam de criar intrigas, de falar mal dos outros sem qualquer motivo. Apenas lhes dá prazer ver as pessoas zangadas. Enfiam-se no meio, apropriam-se de forma abusiva de vidas alheias e semeiam a calunia e a injuria. Tripudiam, e depois, tentam aparecer como pacificadores e senhores do bem, numa tentativa de parecerem os sensatos, os fixes!

Tudo bem de mansinho, como quem nada quer e procura, com manifestações mediavais, a entoar as suas canções de escárneo.

As mentes, destes artistas, estão sempre em acção. Estão sempre a pensar na intriga seguinte e muitos vivem isso de uma forma tal, que podem ser chamados de mestres do mal dizer. Dedicam-se a estudar qual o alvo do momento, o mais vulnerável. E atacam. Penso que até devem fazer os planos numa folha, desenhando as ramificações e escrevendo os nomes dos alvos a abater. Acabam sempre por se espalhar, mas isso, não implica que não tenham deixado as suas marcas, e isso já os satisfaz.
É triste.
Há que não lhes ligar um corno, mas esta gente vai para aquela lista de coisas que não mata mas moi.

Há mentes do catano!

Mas cum camandro, não será isso duma inveja figadal?