19.6.09

O pior dos fardos é a consciência, citas tu?!

Então, como consegues tu andar?? Dar um passo que seja?? Como podes tu falar do seu peso, se sofres duma grande ausência, da já referida??

Quero detestar-te. Estou farta de ser uma idealista romântica, ao acreditar que é possível a amizade sobreviver a um coração míope. Estou farta de ser a única a querer preservar o belo, e não, a transformá-lo em algo escandaloso, incómodo.

Certo e sabido, que vivemos numa época em que tudo acontece demasiado depressa, em que o mais e o muito, nunca foram tão valorizados. Mas não estará, isso, a mexer com os nossos conceitos, com os nossos valores, alterando assim, a nossa forma de pesar na balança?

Eu sei que não és detestável. Ninguém é detestável. Mas porra, tu não estás a ajudar em nada. Tudo o que tens dito e a forma como tens agido são detestáveis.
A minha grande fraqueza, é não te querer definir assim. Continuo a fazer das coisas más uma colagem com purpurinas e flores à volta, assim, sempre parecem mais bonitas, menos más.

Afinal, se calhar, és detestável e não tens consciência...

Mas eu gostava de ser como tu, a verdade, é que a inconsciência pode ser uma mais valia, (mais valia não ter coração, para não ter de ser arrancado à dentada).
Tenho conhecimento de muitas pessoas que vivem assim como tu, nesse heliocentrismo disparatado, em que tu és o Sol. Em que o sentimento alheio, não passa disso mesmo, alheio.

Consciência maldita que não se compra em xarope!
Posologia: deve administrar-se de uma vez em doses parciais. Uma colher de manhã e duas à noite, (em adultos com um ego demasiado grande, triplicar a dose nocturna).
Sem efeitos secundários.

Assim podia ser que essa tua pseudo-consciência crescesse que nem pelo no nariz, aparentemente supérfluo e dispensável, mas de extrema importância.

Podia ser que um dia soubesses o que é a consciência e o quão pesada pode ser.