15.3.09

Desencontros




não ter morada

habitar

como um beijo

entre lábios

fingir-se ausente

e suspirar

( o meu corpo

não se reconhece na espera)

percorrer com um só gesto

o teu corpo

e beber toda a ternura

para refazer

o rosto em que desapareces

o abraço em que desobedeces