8.3.09

So close I could taste them...

Já ouvi dizer que é possível crescermos, amadurecermos. (Eu só nunca conheci ninguém que realmente tenha conseguido tal proeza).
Sem os nossos pais para nos definirem limites, os limites que nós traçamos para nós mesmos, são quebrados constantemente. Com o entusiasmo dum rufar de tambores. Sem dó nem piedade.
Só no depois, quando tornamos à realidade é que procuramos curas. Segredando aos amigos, fechando-nos em nós quando as coisas não nos correm como tínhamos pensado e procuramos conforto aonde não é possível encontrar. Contra toda a lógica, contra tudo o que a experiencia nos diz. Como as crianças.

Lembram-se de como era, quando em crianças acreditávamos em contos de fadas, vestidos brancos e príncipes encantados que nos carregariam ao colo para o seu castelo num lugar a salvo dos terríveis. Quando à noite chegávamos à cama e fechávamos os olhos com a certeza de que tudo o que sonhássemos se realizaria. Que o Pai Natal, que a Fada dos Dentes e o Príncipe Encantado, eram tão reais que quase os podíamos ver, sentir. Mas impreterivelmente acabamos por crescer, e um dia abrimos os olhos e descobrimos que nada disso existe.
Lidamos com tudo, arrumamos num canto e adaptamo-nos à nova realidade. Só que na verdade, existe sempre, dentro de cada um de nós, uma réstia, um fio de esperança, de fé, que um dia vamos abrir os nossos olhos… E voltar a acreditar.

Eu tenho dias em que quase consigo ver, sentir a Fada Madrinha.